Uma intercessão persistente
Deus jamais esquece. Ele não está limitado ao nosso tempo e espaço, nem se perde em meio às lembranças. Ele tudo sabe (1 Jo 3:20) e nada foge ao seu olhar (Pv 13:3). A Palavra, entretanto, usa diversos antropomorfismos para comunicar quem Ele é e o que Ele faz.
Em Gênesis, lemos que “lembrou-se Deus de Abraão…” (Gn 19:29). Trata-se de uma breve menção de algo que iria mudar radicalmente o destino de uma família.
Tudo começa no capítulo anterior quando Deus comunica a Abraão o seu desejo de destruir as cidades de Sodoma e Gomorra, pois “… o seu pecado tem se agravado muito” (Gn 18:20). Deus envia seus anjos para aquelas cidades e prepara-se para destruí-las. Ló, sobrinho de Abraão, morava em uma delas, Sodoma, com toda a sua família. Assim, no capítulo 18, dos versos 22 a 33, encontra-se uma das mais belas passagens de intercessão em toda a Palavra. Abraão conversa com Deus intercedendo pela vida de Ló e sua família, e inicia perguntando: “Destruirás o justo com o ímpio?” (Gn 18:23).
O capítulo 19 trata da maldade naquelas cidades, a falta de temor ao Senhor e a destruição preparada por Deus. Porém, em certo momento, em meio à terrível destruição, salta aos olhos essa afirmação: “lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara” (Gn 19:29). Deus responde as orações.
Em uma perspectiva da missão, a oração é a conversa com Deus que quebranta nosso espírito e prepara nosso coração para a vontade do Senhor, no seu tempo e do seu jeito. Nessa convicção, é dito sobre Hudson Taylor, missionário na China no fim do século 19, que o sol jamais se levantou na China por quarenta anos sem que ele estivesse de joelhos clamando ao Senhor por aquele país.
“Lembrou-se Deus de Abrãao…”. Que possamos interceder por pessoas, famílias, povos, nações e situações até que Deus responda.