Identidade e Missão
O Pacto de Lausanne, oficializado em 1974 por líderes de 150 países, sintetizou a missão da igreja, expressando que o propósito de Deus é oferecer o evangelho todo, por meio de toda a igreja, à toda criatura e em todo o mundo. Deixa bem clara a natureza da missão: todo o evangelho, todo o mundo, toda a igreja, todo o tempo.
Paulo escreveu a carta aos Romanos enquanto estava em Corinto, possivelmente no ano 57. Ele estava de partida para Jerusalém, levando a oferta para os crentes pobres e aproveitou a saída de Febe – uma senhora de Cencréia (derredores de Corinto) que viajava para Roma – para escrever uma carta à respeitada igreja.
Havia tanto judeus quanto gentios na igreja de Roma, mas os gentios predominavam em número. Era uma igreja com a fé alicerçada em Cristo e liderança reconhecida. Paulo estava no fim de sua terceira viagem missionária e planejava seu próximo passo. Ele, assim, escreve à igreja antes mesmo de visitá-la. Uma comunidade de crentes no centro do Império, em uma cidade com cerca de um milhão de pessoas.
No capítulo 1, verso 1, Paulo se apresenta e o faz a partir de suas convicções mais profundas. Ele é “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”.
Ele afirma ser “servo” – doulos – escravo comprado pelo sangue do Cordeiro, liberto das cadeias do pecado e da morte e, apesar de livre, cativo pelo Senhor que o libertou. Essa é a sua identidade: servo de Jesus Cristo.
Afirma também ser chamado para ser “apóstolo”, sua vocação e missão. Por fim, ele conclui que é “separado para o evangelho de Deus”, deixando clara a sua mensagem. Ele não é chamado por Deus para proclamar a igreja, os apóstolos ou seu próprio testemunho, mas o evangelho de Cristo: quem Ele é, o que Ele fez, faz e fará.
Aquilo que fazemos e a mensagem que pregamos resultam diretamente de quem somos em Cristo Jesus.
“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Romanos 1:1)